Marcelo Klotz

Marcelo Klotz

Começou no sábado, 16, em Brasília, um dos períodos preferidos por aqueles que consideram o livro um bom companheiro para todas as horas. A 32ª Feira do Livro de Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, foi aberta com muitos estandes e grande variedade de livros, além de uma série de eventos paralelos.

“A gente vai encontrar uma programação rica para todos os gostos. Para as crianças, uma programação forte, com muitas oficinas e muita contação de histórias. Teremos o Encontro Nacional de Escritores Jovens e um Encontro de Países de Língua Portuguesa”, informou Marcos Linhares, um dos organizadores da feira. Segundo Linhares, a expectativa é receber, diariamente, mais de 30 mil pessoas, ao longo dos nove dias do evento.

Em sua 32ª edição, a feira faz uma homenagem ao poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare. Em memória aos 400 anos de morte do escritor inglês, a feira promoverá palestra sobre suas obras. O embaixador do Reino Unido, Alex Ellis, falará sobre William Shakespeare e seu legado.

Uma das novidades neste ano é 1º Encontro Nacional de Blogueiros Literários, que ocorreu no fim de semana. A intenção é discutir a internet como forma de divulgação da literatura e como alternativa às vias tradicionais de publicação editorial, mais caras. "Descobrimos que principalmente os jovens têm a própria estratégia literária, e uma delas é divulgar via blogs, via YouTube. Eles têm milhares de seguidores", disse Cleide Soares, uma das coordenadoras da Feira do Livro. Cleide integra o Colegiado Setorial do Livro, Leitura e Bibliotecas do Distrito Federal e o Grito do Livro: Viva a Leitura!

A feira também traz a Brasília vários nomes de peso, cuja obra está presente mas estantes de milhares de livrarias e residências Brasil afora. Leonardo Boff, Antônio Carlos Secchin, André Vianco, FML Pepper, Cristiane Sobral, Maurício Gomyde serão alguns dos escritores presentes.

Desafios dos novos escritores
Mas não só de nomes consagrados vive um evento literário desse porte. Logo na entrada da feira, Luiz Cláudio Del Rio expõe sua primeira obra, A Lei dos Puros: O Poder da Esperança. Visitantes param, olham a capa, alguns compram e, quando o fazem, levam uma dedicatória na primeira página.

Aos 67 anos, L.C. Del Rio, pseudônimo do escritor, publica o primeiro livro. “Para mim, é um feedback [retorno, resposta] da receptividade. Peço a todos que compram o livro que mandem uma avaliação a respeito. Escrever, para mim, não é uma necessidade, é uma coisa de que eu gosto”. Apesar de ser um profissional estável em outra atividade, escrever as cerca de 500 páginas sobre as aventuras de um grupo de jovens em um futuro distópico está longe de ser considerada um hobby, afirmou.

Além de empregar tempo e dedicação para construir a história – o início de uma trilogia –, Luiz Cláudio teve que seguir o caminho de muitos escritores sem patrocínio ou apoio de grandes editoras. “Fiz um investimento de R$ 12 mil para imprimir mil exemplares em São Paulo. Em Brasília, cheguei a orçar valores de R$ 25 cada exemplar, o que é inviável.”

Na feira, a obra de Luiz Cláudio sai por R$ 29,90, mas, depois, chegará às livrarias, para uma venda consignada. Após a venda, o valor será dividido entre escritor e livraria. “Se você considerar logística, a margem de lucro do autor fica quase nula. É quase impossível, se você não tiver parceria ou patrocínio de uma editora que se interesse.”

Iniciativas culturais
Os estandes não são as únicas formas de vender cultura na feira. Nas primeiras horas de feira, Thiago Barros circulou com uma mochila nas costas e uma revista na mão. Abordou o repórter, entregando-lhe a revista. Contou a história da revista Traços, que mistura projeto social e defesa da cultura de Brasília e de seus espaços tradicionais. Entrevistas com artistas, gestores ligados à cultura, contos e matérias recheiam a publicação.

Com conteúdo e material de qualidade, a revista sai das mãos de Thiago por R$ 5. Destes, R$ 4 ficam para ele, um ex-morador de rua. “Deparei com esse projeto, que tinha proposta de dar renda a pessoas em situação de rua. A venda da revista me proporcionou novamente um lar, o prazer de comprar meu próprio alimento e ter a dignidade de volta”.

Além de Thiago, mais 50 pessoas estão fazendo esse trabalho, vendendo revistas pela cidade, disseminando cultura em troca do próprio sustento. Sem estande ou balcão na feira, ele vendeu rapidamente todas as revistas que levara. “Toma essa de presente, irmão!”, disse ao repórter e deu-lhe um exemplar, antes de sair, satisfeito.

 


Fonte: http://portal.comunique-se.com.br/jo-com/81779-feira-do-livro-de-brasilia-reune-blogueiros-e-escritores-jovens

Com informações da Agência Brasil

Para entreter a criançada nas férias escolares, a Maria Amélia Doces realiza nesta quinta (21/7), uma oficina de cupcakes e biscoitos. Durante o curso, os pequenos irão aprender técnicas básicas de massa, dicas de recheios e como confeitar biscoitos e cupcakes.

Não é necessário o acompanhamento dos responsáveis durante o evento, porque as crianças serão assistidas durante todas as etapas.

O material para a produção também está incluso nas inscrições, além de um avental personalizado, chapéu de confeiteiro e certificado de participação.

Oficina de cupcakes e biscoitos
Nesta quinta (21/7), das 14h às 17h, na fábrica da Maria Amélia Doces (Condomínio Solar de Brasília, Quadra 03. Área Especial 03, Lote 03, Jardim Botânico, 3546-8900). Inscrições: R$180 (com acompanhamento dos pais) e R$ 100 para as crianças sozinhas, a partir de 7 anos.


Fonte: http://www.metropoles.com/gastronomia/mao-na-massa/maria-amelia-ministra-oficina-de-cupcakes-e-biscoitos-para-criancas

Adultos e crianças concentrados e em silêncio pensam em cada jogada em uma disputa de xadrez, neste fim de semana em um shopping de Brasília. O objetivo da competição é selecionar dois jogadores para campeonato brasiliense que será realizado em novembro deste ano.

A estudante Maryana Izabelle Ferreira de Leite, de 10 anos, disse que aprendeu com o pai a jogar xadrez, há três anos. “Meu pai começou a jogar. Achei interessante participar de competição”, disse.

O árbitro Hubo Ribeiro, 24 anos, explica que o xadrez trabalha habilidades e valores. “Entre as habilidades estão foco, concentração, memória, raciocínio lógico. Quanto aos valores, a gente aprende a persistir, lidar com a derrota e a ter gosto pelo estudo”, disse.

De acordo com Ribeiro, são realizados campeonatos como esse também em junho, agosto e setembro. De cada evento organizado pela Federação Brasiliense de Xadrez, são selecionados dois competidores que participarão, em novembro, do Campeonato Brasiliense Absoluto de Xadrez 2016. No total, são selecionados oito competidores e outros dois são convidados para participar do evento em novembro.


Fonte: Agência Brasil

http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-07/campeonato-de-xadrez-une-criancas-e-adultos-em-brasilia

17/07/2016 13h17

Depois de ver uma propaganda de comida calórica, as crianças comem – ou querem comer – mais desse tipo de alimento. Saiba como contornar essa influência!

É muito fácil convencer uma criança a comer mal. O professor Bradley Johnston descobriu isso ao vê-las assistir à televisão. Johnston é um pediatra  jovem e professor da Universidade de Toronto, no Canadá. Estava preocupado com o aumento da cintura de seus pacientes – no país, 5% das crianças eram obesas em 1979. Em 2013, o problema afetava 13% delas. E Johnston queria saber por que, num espaço de poucas décadas, elas haviam ganhado tanto peso e se interessado tanto por comida calórica e pobre em nutrientes. A explicação envolvia múltiplos fatores, e Johston estava a par disso. Mas queria entender o papel de um fenômeno em especial: o da publicidade de alimentos. “Ao menos no Canadá, há estimativas de que as crianças sejam expostas a cinco propagandas por hora”, disse ele por telefone a ÉPOCA, enquanto erguia o tom da voz para denotar surpresa. “E 80% dessas propagandas promovem comida calórica. Imagine como isso afeta a psique infantil.”

O debate sobre o papel da publicidade nas escolhas alimentares das crianças é acalorado. É difícil estabelecer, com clareza, o que leva uma pessoa a consumir determinado produto e se uma campanha de marketing bem-feita basta para aumentar as calorias que ingerimos. Para pintar um cenário abrangente, Johnston e seus colegas recorreram a uma importante estratégia científica: em lugar de realizar novos experimentos, fizeram uma revisão dos estudos já disponíveis. No total, os dados avaliados por ele envolveram 5.814 crianças com, em média, 8 anos de idade. A maioria da América do Norte e da Europa.

Os estudos revisados por Johnston se dividiam em dois tipos – um grupo queria entender se a publicidade interferia nas preferências nutricionais das crianças. O outro queria entender o impacto do marketing de alimentos no consumo de calorias. Todos seguiam roteiro parecido: primeiro, um grupo de crianças assistia a anúncios de alimentos industrializados, ricos em gordura, sal e açúcar. As propagandas vinham na forma de comercias de TV, anúncios em revistas ou posicionados em videogames. O tempo de exposição das crianças aos anúncios era de, em média, três minutos e 48 segundos. Um segundo grupo de crianças, o grupo de controle, era poupado dessas intervenções.

Na segunda etapa, os pesquisadores mostravam comida in natura – frutas frescas, por exemplo – e alimentos processados às crianças, ou deixavam-nas comer alimentos dispostos diante delas. Aquelas expostas a propagandas tinham maior tendência a escolher os alimentos pobres em nutrientes. Menos de cinco minutos de comerciais bastavam para que, nos 15 minutos seguintes, elas consumissem 30 kcal a mais do que as crianças que não receberam o estímulo publicitário.

O trabalho de Johnston, publicado no periódico científico Obesity Reviews, é o maior do gênero já realizado. Ao avaliar os resultados de diferentes estudos, espera-se que tenha minimizado possíveis falhas de trabalhos individuais. Por isso, é convincente. Ele queria que fosse ainda mais ambicioso: “Nós só conseguimos avaliar os efeitos das propagandas durante um espaço de tempo curto, logo depois de a criança ver o anúncio”, diz. Seu desejo é descobrir se existe efeito cumulativo – e se essas estratégias de marketing interferem nos hábitos alimentares a longo prazo.

O trabalho também lembra, ainda que de maneira não explícita, o papel dos pais na definição da dieta dos filhos. Apesar da propaganda, a criança só comerá mal se o alimento ruim estiver a seu alcance. E, nas casas onde há dinheiro para comprar esses artigos, eles costumam estar. “Nem sempre os pais sabem o que é comida saudável’, diz Johnston. A vida corrida nas grandes cidades torna grande o apelo por comida processada, gorda e saborosa. Ao tentar navegar pelas muitas opções nas prateleiras dos supermercados, os pais podem cometer deslizes. “Muitos pais compram barrinhas de cereal, porque o rótulo diz que elas são saudáveis”, diz Johnston. O problema é que muitas delas vêm carregadas de açúcar e sódio. Esses passos mal dados na dieta dos filhos não são privilégio dos pais canadenses com os quais Johnston convive. Algo parecido acontece no Brasil. “Se a propaganda diz que um iogurte ‘vale por um bifinho’, por que eu vou me preocupar se meus filhos querem comer mais desse doce?”, diz o economista Walter Belik, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e especialista em segurança alimentar.

O estudo canadense não envolveu crianças brasileiras, mas levantamentos feitos por aqui indicaram que o comportamento delas segue pela mesma linha. Em 2010, o professor Sebastião Almeida, da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, trabalhou com dois grupos de 30 crianças, entre 8 e 13 anos, recrutadas em uma escola particular da cidade. Um dos grupos foi posto para ver um desenho animado entremeado de propagandas de brinquedo. O outro viu o desenho acompanhado por comerciais de alimentos. Imediatamente depois, os pesquisadores mostraram fotos de comidas naturais e processadas às crianças e perguntaram o que elas gostariam de comer. Os alimentos processados foram mais frequentes nas escolhas das crianças que assistiram às propagandas de comida. “As crianças são facilmente influenciáveis”, diz Almeida. Isso preocupa porque, apesar de não ter dinheiro para comprar a própria comida, elas têm grande influência na hora de definir o que as famílias vão levar para a mesa: “Alguns pais tentam compensar sua ausência atendendo aos caprichos das crianças. E eles também consomem esses alimentos”.

Ao longo dos últimos anos, governos do mundo inteiro tentaram adotar estratégias para reduzir a influência das propagandas de alimentos nas escolhas alimentares de suas populações. Sobretudo, sobre os mais jovens – em países escandinavos, como a Suécia, a propaganda voltada para crianças é proibida nos canais de televisão. Trate ela de alimentos ou não. No Reino Unido, estão desautorizados os anúncios de alimentos pensados para menores de 16 anos. Por lá, as empresas também não podem usar mascotes ao promover alimentos. Em 2010, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu tratar da questão ao publicar uma recomendação de que os governos limitassem propagandas de alimentos calóricos direcionadas a crianças. O guia alimentar brasileiro de 2014 segue uma direção parecida ao apontar que a propaganda de comida ruim interfere negativamente na mesa do brasileiro.

No Brasil, sobretudo a partir dos anos 2000, aumentou a pressão de organizações da sociedade civil contra esse tipo de anúncio. Por aqui, a legislação é aberta à interpretação ampla. Publicidade voltada ao público infantil não é proibida, mas o Código de Defesa do Consumidor, um documento de 1990, prevê que ela pode ser considerada abusiva – nos casos em que se aproveitar da “deficiência de julgamento da criança”. Nos últimos 25 anos, a lei garantiu que fossem coibidas propagandas em que o abuso era evidente, quer elas anunciassem comida ou não: “Houve, na década de 1990, um comercial que instigava a criança a destruir os próprios tênis para ganhar sapatos novos”, diz Isabella Henriques, uma das diretoras do Instituto Alana, uma instituição que trabalha pela proteção dos direitos das crianças. A Justiça decidiu tirá-la do ar. Era um caso de abuso flagrante. “Mas há casos mais sutis”, diz Isabella. Em 2008, uma empresa alimentícia promoveu uma promoção que daria um relógio infantil a quem comprasse cinco pacotinhos de um biscoito da marca. O caso foi levado à Justiça e, em março deste ano, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) considerou a estratégia abusiva. De acordo com os juízes, o anúncio incorria em dois erros: era abusivo porque configurava venda casada, proibida no Brasil; e era abusivo porque era direcionado às crianças. Esse último fator tornou o julgamento inédito: “A decisão do STJ é importante porque diz que a publicidade é abusiva simplesmente porque se dirigiu ao público infantil”, diz Isabella. O veredicto pode se tornar modelo para outros julgamentos semelhantes e denota disposição da Justiça brasileira em ser mais severa com o setor.

É um avanço, com potencial para afetar o setor de saúde: “Há estudos que preveem que, se baníssemos as propagandas de comida pouco saudável, o sobrepeso entre crianças cairia algo em torno de 18%”, diz Johnston, o pesquisador canadense. Ele sabe que esse esforço não basta para resolver o problema: “A publicidade é apenas um fator, eu sei. Mas é um fator sobre o qual podemos assumir o controle”.

 


Notícia extraída da Revista Época - RAFAEL CISCATI - 13/07/2016 - 20h11 - Atualizado 13/07/2016 20h56

Fonte: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/07/estudo-sugere-que-publicidade-infantil-faz-criancas-comerem-mais-acucar-e-gordura.html

Pesquisa recente mostra que, ao contrário do que se acreditava, crianças aprendem vocabulário melhor quando ele faz parte de histórias fantásticas.

Histórias fantásticas são um dos maiores patrimônios da humanidade como espécie. Desde o surgimento da civilização humana, fizeram parte de todas as culturas de que se tem notícia.

Hoje, o que mudou é que não as consumimos majoritariamente como histórias contadas, mas assistimos séries e filmes, lemos livros e fanfics. Além disso, as narrativas infantis também parecem preferir o caminho da fantasia: mundos paralelos, personagens fantásticos, magia e contos de fadas.

Gostamos de ouvir, criar e contar histórias fantásticas porque isso é parte da nossa natureza. Mas esse hábito também tem uma função importante no aprendizado das crianças - e segundo pesquisas, mais do que as histórias calcadas na realidade.

Um estudo de 2015 feito por pesquisadores de universidades nos EUA e na Turquia identificou, pela primeira vez de maneira quantitativa, que crianças aprendem melhor com histórias fantásticas, em comparação ao aprendizado gerado por narrativas realistas.

A descoberta contesta teorias anteriores, que defendiam que crianças aprendem novas palavras de maneira mais eficiente quando esses termos aparecem em situações familiares para elas. Mesmo que as razões ainda não estejam claras, isso pode apontar para possibilidades e estratégias novas no campo da educação infantil.

Dragões voadores ensinam melhor

Estudos nas áreas de psicologia e pedagogia mostram que as competências linguísticas aprendidas na infância são fundamentais para determinar as capacidades de comunicação e compreensão de texto do indivíduo no futuro. Por consequência, têm efeito geral no desempenho dos indivíduos em toda a vida escolar.

Por essa razão, a pesquisadora Deena Skolnick Weisberg, do departamento de psicologia da Universidade de Pensilvânia, nos EUA, adotou esse como o principal critério de avaliação de sua pesquisa.

Ela queria analisar se histórias fantásticas, com elementos irreais, tinham efeito melhor no ensino de palavras novas às crianças quando comparadas a histórias com elementos e eventos do mundo real.

A pesquisa foi conduzida com 154 crianças em idade pré-escolar, e o resultado sugere que histórias com temas fantásticos são mais eficientes em ensinar palavras novas para crianças do que aquelas baseadas em universos e acontecimentos do mundo real.

As histórias fantásticas apresentadas às crianças tinham como personagens animais antropomórficos, isto é, bichos que se comportam como humanos. Uma descoberta interessante é que o aprendizado foi ainda mais eficiente em se tratando de histórias que continham não só animais antropomórficos, mas fatos impossíveis de acontecer na realidade (como um dragão nascendo de um ovo no café da manhã).

Em um artigo para o site "Aeon", Weisberg sugere que outros estudos devam investigar os motivos pelos quais isso acontece - o que há nas histórias fantásticas que faz com que crianças aprendam mais?

No entanto, ela já aponta algumas hipóteses:

  • Talvez crianças recebam e assimilem melhor conhecimento quando elas se sentem surpresas e o contexto, de alguma forma, desafie o que ela sabe sobre o mundo físico e a realidade. As histórias fantásticas funcionariam como uma provocação dessas presunções e fariam a criança prestar mais atenção.
     
  • Outra possibilidade é que haja algo a respeito de contextos fantásticos que seja especialmente útil para o processo neurológico de aprendizagem. Talvez a imersão em um cenário impossível demande do cérebro uma capacidade maior de processamento, porque ele se vê obrigado a tratar esse cenário como uma situação nova, não como algo com que já lidou e que, portanto, sabe exatamente como lidar. A necessidade constante de analisar o que, na história, se encaixa ou não no mundo real, pode ser um vetor de fixação de conhecimento e memórias no cérebro.
     
  • Histórias fantásticas podem provocar uma imersão maior e, por isso, resultar em melhor aprendizado.
     
  • Talvez, histórias fantásticas - que por definição têm elementos que não estão presentes no dia-a-dia da criança - podem ser mais interessantes e prender mais atenção porque despertam na criança a vontade de participar e sugerir elementos e ideias novas que não faziam parte de sua experiência comum, ou seja, as permitiam explorar mais.
  • O apelo da fantasia para a natureza humana

É parte da natureza da espécie humana o desejo de criar e contar histórias - nas mais diversas culturas esse hábito está associado à iniciativa de tentar explicar o mundo.

Lendas, mitos, deuses e seres fantásticos surgiram para explicar e dar sentido a fenômenos naturais: coisas simples como a chuva, relâmpagos e a maneira como o vento move as folhas de uma árvore ganhavam explicação com histórias fantásticas, muito antes de que a ciência tivesse meios para esclarecê-los - e esses mitos ajudaram a formar culturalmente as sociedades ocidental e oriental.

Além disso, histórias de ficção e fantasia são consideradas por estudiosos uma espécie de vantagem evolutiva do ser humano. Diversos estudos sobre aprendizado e cognição apontam que o ser humano aprende melhor quando as informações são colocadas em contexto.

Por isso, é mais eficiente para o aprendizado contar uma história em que um caçador morre em um duelo porque subestimou a força de um dragão do que propagar o conhecimento através de uma frase do tipo “tome cuidado com os lobos”.

“Os contos de fadas, por exemplo, foram provavelmente o disseminador mais poderoso da cultura da ‘finesse’ na França durante o século 18, porque ensinavam como se comportar em grandes salões e na alta sociedade por meio de histórias moralizantes. É um método de ensino muito eficaz”, explica Cláudia Oliveira, mestre em estudos de ficção científica pela Universidade de Liverpool, no Reino Unido, em entrevista ao Nexo.

 


Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/07/08/Hist%C3%B3rias-fant%C3%A1sticas-por-que-crian%C3%A7as-aprendem-melhor-com-elas (Texto de Ana Freitas)

 

O acesso à internet alterou as experiências de consumo dos adultos e das crianças. Antes era preciso sair de casa para ir às compras, e se fosse com os filhos havia toda uma logística para isso acontecer. Mas hoje ela é feita com um click nao importando a idade de quem esteja realizando a compra, já que temos a mania de deixar nosso cartões de credito plugados a empresa que mais utilizamos.
 
Segundo estudos, cerca de 10% da população consumidora sofre de compulsão por compras, transformando a atividade de consumo em alerta social. Somente 2% são causados por distúrbios de ordem médica. Os 8% restantes são consumidores levados ao consumo desenfreado por propagandas abusivas, produtos estimulados por impulso, ou indicados por influenciadores digitais.
 
Se nos adultos já é condição preocupante, imagine nas crianças?  Se tem crianças em casa é bom saber que elas são responsáveis por 83% das decisões de compra de tudo o que consome no seu lar.
 
E por que o hábito de comprar é tão prazeroso, inclusive para os pequenos? Existe um prazer genuíno em adquirir, seja para satisfazer nossas necessidades ou relacionado a um sonho de consumo ou mesmo uma carência.
 
Estamos tão digitalizados, que hoje redes sociais identificam nossos hábitos, nossos telefones se conectam entre si e interagindo 24 horas por dia.  Assim, não é incomum que compras sejam realizadas em ambiente digital, apenas porque estão sendo estampados em nossas telas o tempo todo.
 
Da blogueira de moda ao bebe numa creche, todos estamos sendo levados ao consumo. Porém, este estímulo pode mascarar doenças e induzir à “vontade de comprar” desde cedo, sem necessidade. E especialistas afirmam que 90% das crianças entre 7 e 10 anos não sabe diferenciar o que é propaganda do que é entretenimento.
 
Das propagandas com super-herói no detergente a mascotes no post da operadora de telefonia, tudo é estratégia para chamar a atenção das crianças e fazê-las consumir, e posteriormente, induzir os adultos também.
 
Os problemas gerados pelo estimulo ao consumo desde cedo são devastadores e vão desde a compensação com brinquedos pela falta de tempo que os pais tem aos filhos, até o estimulo da puberdade precoce, obesidade e problemas ligados a tireoide.
 
Especialistas afirmam que crianças estão aptas a consumir desde os 9 meses de nascimento quando começam a diferenciar as formas e que uma criança de 3 anos que consome apenas o que deseja tem 90 % de chances de ser um adulto despreparado psicologicamente.
 
A ideia de ter crianças de 3 anos sabendo diferenciar marcas de sabão em pó ou grifes de roupa é assustador, a dica é barganhar. Substitua uma parte do tempo que seu filho fica no tablet por leitura de livros e atividades em conjunto tipo “pais e filhos”.
 
Em ambiente controlado, as escolas podem fomentar grupos, competições e debates online sobre o consumismo e temas relevantes, monitorando essas atividades.

Redes sociais, práticas de gamification e aprendizado colaborativo podem gerar debate e informar os pequenos, estabelecer regras para os jovens e ajudar os mais maduros a entender a gravidade da compulsão pelas compras que vai do ambiente físico ao virtual.

por Maria Augusta Ribeiro


Fonte: http://www.cenariomt.com.br/noticia/535860/consumismo-digital-infantil.html

As férias escolares começaram e um dos programas mais populares - os parquinhos - podem esconder perigos inacreditáveis. A ONG Criança Segura está lançando uma campanha para alertar os pais.

Quase 5 mil se acidentaram seriamente no Brasil desde 2008, de acordo com casos registrados. É preciso ter alguns cuidados mesmo para a brincadeira não acabar machucando as crianças.

Você que está com criança de férias, vai dizer que não adoraria ter um parquinho do lado de casa? A Luana é uma dessas sortudas.

Quer dizer, sortudos mesmo são o Pedro, a Melissa... E a molecada do bairro.

“Fica tensa porque é perigoso, tem que correr atrás de um, atrás de outro com os maiores, menores e é muito cansativo”, disse a assistente financeira Luana Marques.

Se fosse só para ficar de olho na molecada, já seria trabalho suficiente. Mas quem traz os pequenos para o parquinho tem que ficar atento também a outros detalhes, às vezes bem pequenininhos, como o prego levantado, a madeira lascada, o vão do brinquedo, onde eles podem enroscar a perna, e o brinquedo que parece tão firme, mas está completamente solto. E é só piscar os olhos para a diversão virar choradeira.    

“Eu estava brincando com meu amigo e eu cai e bati ali perto do escorregador”, contou um menino.

“A gente caiu do balanço, o irmão dela estava indo muito rápido, aí caiu nós duas”, contou uma menina.

“É divertido, mas eu já caí um monte de vezes”, completou outra.

Agora elas acham graça. Mas tem casos em que o negócio pode ficar muito sério. Pelo menos 37 crianças morreram e quase 5 mil ficaram internadas nos últimos 8 anos por causa de acidentes em parquinhos.

O Isaque estava brincando na escola, em Brasília, quando um pedaço de madeira do brinquedo se soltou e bateu na cabeça dele. Isaque levou seis pontos.

A Maria Eduarda, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, também se machucou no parquinho da escola. Ela estava em um gira-gira adaptado para crianças com cadeira de rodas. Mas, na hora, todos brincavam juntos. Ela perdeu parte do couro cabeludo, teve afundamento de crânio e paralisia facial.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) indica como devem ser os brinquedos. Não é uma obrigação, mas ajuda a evitar muito susto.

A Gabriela é da ONG Criança Segura e ajudou a elaborar as normas dos parquinhos.

No parquinho visitado na reportagem, ela percebeu que o escorregador não estava adequado. “Eu precisava de uma área retinha aqui de 30 centímetros para a criança se estabilizar, aí ela desce e aqui ela tem uma área de saída que a gente chama – que é aquela parte que fica mais retinha antes dela ir para o chão mesmo”, explicou a coordenadora da ONG Criança Segura, Gabriela de Freitas.

Ela também vistoriou a ponte com cordas. “Ela tem uma medida correta. Então, ela tem que ser ou maior de 23 cm ou menor do que 12 cm para que a criança não consiga pôr a cabeça e prender”, explicou.

A gangorra também foi avaliada. “Primeiro é que ela tenha esse apoio aqui para mão, nesse caso ela tem em todos os lugares, então está certinho. E outra questão é que ela não passe 1 metro do chão quando tiver nessa posição horizontal. Essa deve estar uns 40 cm, 50 cm, está ótima e quando tiver nessa posição mais alta que ela não passe 1,5 metro do chão”.

Em um condomínio de São Paulo, mês de julho tem criança no parquinho desde cedo até escurecer.

“Tem um monte de coisas que as crianças podem gostar, subir, escorregar e escalar”, contou a estudante Vitória Buzzatti, 6 anos.

A síndica conta que tomou cuidado além das normas. “Tinha um apara corpo de 1,20 metro e a gente acabou decidindo melhorar essa segurança para garantir que as crianças não se acidentassem”, disse a síndica profissional Mariana Brandão.

Até porque, eles vão sempre além das normas e dos limites, né, Lucca? “Eu subi até aqui ou agora estava fazendo, eu subi aqui e eu pulei pra lá. Eu gosto de ser ágil”, disse o estudante Lucca Buzzatti.

Sobre os problemas encontrados no parquinho na Zona Norte de São Paulo, mostrados no início da reportagem, a subprefeitura do bairro disse que vai fazer uma vistoria e providenciar os reparos necessários.

E o Ministério Público Federal quer que o Inmetro fiscalize a fabricação de brinquedos usados em espaços de recreação infantil.

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/07/acidentes-em-parques-infantis-poe-em-risco-vida-de-criancas.html


Pais, mães ou responsáveis têm até quarta-feira (13) para inscrever crianças de 7 a 12 anos na Colônia de Feras do Zoológico de Brasília. As atividades ocorrerão de 18 a 22 de julho, das 13h30 às 17h30. Haverá aulas de educação ambiental, visitas aos animais, apresentações de teatro e gincanas. As atividades serão ministradas por recreadores do zoológico.

A inscrição deve ser feita pessoalmente na tesouraria do zoológico, das 9 horas às 11h30 e das 14h30 às 17 horas. É necessário apresentar documento de identidade ou certidão de nascimento da criança, além de pagar taxa de R$ 150. A colônia é aberta para alunos das redes pública e privada de ensino. São 50 vagas, das quais restam 25. Mais informações pelo telefone (61) 3445-7007.

Colônia de Feras do Zoológico de Brasília
De 18 a 22 de julho
Inscrições até 13 de julho (quarta-feira)
Taxa de inscrição: R$ 150
Jardim Zoológico de Brasília (Avenida das Nações — L4 Sul)


Fonte: http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/encontroindica/2016/07/08/interna_encontro_indica,3162/inscricoes-para-a-colonia-de-ferias-do-zoologico-estao-abertas.shtml

Pais que ensinam os filhos a lidar com o dinheiro desde cedo conseguem economizar mais com os gastos da casa. Um exemplo é o período de férias, como o de julho, em que a criançada fica em casa e gera mais gastos, já que abrem a geladeira mais vezes, acendem luzes, estão sempre comendo algo e demoram no banho.

O contador Fábio Moreira Grassi e a mulher dele, a auxiliar administrativo Gisele Franco Grassi, têm um adolescente, duas meninas pequenas e uma bebê. "Todos os dias eles abrem e fecham a geladeira várias vezes, demoram no banho, ficam com a televisão ligada o dia inteiro, sem falar no tablet, internet... É sempre assim, tem que reeducar", diz.

Gisele diz que com as férias a rotina dentro de casa aumenta e, por isso, eles montam uma força tarefa para não ter um susto com a conta de luz no final do mês. "São dois banhos a mais, agora nas férias, e todo dia temos de ficar batendo na porta, porque, senão, elas ficam meia hora, uma hora no banho. Elas não têm noção de tempo e ficam brincando no chuveiro", diz Gisele.

A consultora financeira Juliana Batista diz que uma das estratégias para este período de criançada em casa é levá-las para locais em que a entrada seja gratuita. "Em Rio Preto, há opções como o zoológico ou o Parque Ecológico. Outra saída é fazer rodízio entre as mães, em que uma mãe fica com os filhos da outra por determinado período. Dá para fazer sessão de cinema em casa ou piquenique no parque", afirma.

Juliana enfatiza que o ideal é evitar locais que estimulam o consumo, como shoppings e instituições privadas. Outra sugestão dada pela consultora financeira é negociar atitudes ou atividades por meio da mesada. "Os pais podem dar o dinheiro e avisar o filho que a quantia deve durar em todo o período de férias e se acabar não terá mais. E não pode dar mais dinheiro, porque senão a educação financeira fica comprometida", diz.

Há dois meses, a vendedora Glicínia Racanipphi, mãe do estudate Luiz Ricardo Racanicchi, de 10 anos, conta que aprendeu na internet a lidar com o filho. "Peguei uma lista que tinha em um site e adaptei às necessidades dos meus filhos", diz. Ela fez uma lista de tarefas que ele tem de cumprir todos os dias. Cada tarefa tem um valor em real. Cada tarefa feita é uma moeda a mais para engordar o porquinho. "Muita coisa mudou. Depois disso, ele apaga as luzes, desliga o ventilador, cuida do cachorro e melhorou as notas das provas", conta.

Como conscientizar seu filho a ajudar em casa e aprender sobre educação financeira:

- Faça uma lista com as principais atividades que o seu filho pode ajudar em casa.
Exemplos: arrumar a cama, estender a toalha de banho, colocar o lixo na lixeira, guardar os brinquedos

- Com a lista pronta, fixe em algum lugar bem visível da casa. Pode ser no quarto da criança ou na porta da geladeira, por exemplo.

- Defina um valor para cada atividade realizada e especifique na lista
Exemplo: Estender a tolha - R$ 0,50. Guardar os brinquedos - R$ 1.

- Compre um cofrinho para a criança. Pode ser um porquinho, cuidado para não ter peças que possam se soltar. Se preferir você pode fazer um cofrinho em casa mesmo, com uma latinha de achocolatado, por exemplo.

- Chame seu filho e mostre a lista e o cofrinho. Explique como vai funcionar. A cada atividade que a criança fizer, a mãe deve colocar o valor no cofrinho. Esse check-out da lista pode ser feito sempre no fim do dia. A mãe soma os valores junto com a criança e coloca no cofre. Depois explique para o seu filho que ao encher o cofrinho o valor poderá ser gasto no que ele quiser. Para fazer um passeio, ir ao cinema, comprar um brinquedo, por exemplo.

 


Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2016/07/consultora-financeira-da-dicas-para-evitar-gastos-nas-ferias-escolares.html

 

O New York Times publicou um artigo de Paul Tough, jornalista e escritor canadense que tem se debruçado sobre temas da Educação, no qual ele apresenta evidências sobre a importância e o impacto do comportamento dos pais na capacidade de aprender das crianças. O texto, em inglês, pode ser lido aqui-- URL encurtada: http://zip.net/bstkCb

Experiências realizadas com grupos de crianças em situação de pobreza, com acompanhamento de especialistas – e ele cita três neste artigo –, comprovam que as crianças que receberam mais atenção e tiveram mais tempo e oportunidades de interagir e brincar com seus pais ou responsáveis apresentaram melhor aprendizado, tanto em conteúdo didático (português, matemática, etc.) como no desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais.

E é importante reforçar que não é qualquer interação que causa esse impacto positivo. Tem que ser uma interação de qualidade. Por isso, nesses experimentos que Paul relata houve intervenção de tutores que orientaram os pais e responsáveis sobre como tornar esses momentos juntos melhores ainda. Algumas das dicas foram:

  • passar mais tempo brincando ativamente com os filhos;
  • ler livros (podem ser só de imagens);
  • cantar; 
  • brincar de esconde-esconde.

Dessas, a que mais teve impacto foi a atitude de brincar mais com as crianças. É tão simples que nem parece verdade o quanto isso pode melhorar verdadeiramente o aprendizado. As evidências, no entanto, são claras e concretas. Alguns dos resultados apresentados são:

  • crianças que brincaram mais com seus pais tiveram melhores resultados em testes de Q.I., menor agressividade e maior autocontrole; 
  • na vida adulta, alcançaram uma renda 25% maior do que as crianças que não tiveram as visitas de tutores.

O que isso tem a ver com Educação na escola? A resposta é simples: crianças que se sentem mais confiantes, mais seguras, conseguem aprender melhor. 

Mas, então, o que fazer? 

A conclusão de Paul, já no título do seu artigo, é que para ajudar as crianças a se desenvolver, temos que ajudar os pais a fazer a sua parte.

Parece absurdo, mas se pensarmos que durante séculos imperou o descaso com a Educação no Brasil, que apenas recentemente ela passou a ser universal e a fazer parte da agenda pública com mais vigor, faz todo o sentido que cerquemos por todos os lados a aprendizagem dos alunos.

Aqui mesmo, no Brasil, temos algumas iniciativas bacanas que pretendem fazer essa ponte com os pais para ajudar a melhorar o aprendizado dos filhos. Conheça algumas delas:

 


Este texto foi extraído da coluna UOL Educação e produzido por Priscilla Cruz

Priscila Cruz é fundadora e presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação. Graduada em Administração (FGV) e Direito (USP), mestre em Administração Pública (Harvard Kennedy School), foi coordenadora do ano do voluntariado no Brasil e do Instituto Faça Parte, que ajudou a fundar.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/colunas/priscila-cruz/2016/05/25/brincar-com-seu-filho-faz-com-que-ele-aprenda-mais.htm